sábado, 1 de setembro de 2012

Sempre no início

Sempre no início
porque a vida
é uma roda que gira
onde cada fim
é também um começo.

Os instantes se sucedem.
Olhos a abrir
e a fechar

No limiar
do que fui, serei ou estou sendo...

Vou vivendo

Sempre no início,
a ânsia do próximo ato,
a espera do próximo passo.
A urgência do fim
é a insurgência do novo

que já nasce velho,
com os dias contados,
num instante é passado.

E nesse círculo,
o que ainda não é, é nada...

O novo é nada, sempre.

É apenas uma potência,
expectativa em violência.
Velhos que morrem novos
e novos que nascem velhos.
Nesse círculo vou vivendo...

Sempre no início.



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