domingo, 7 de janeiro de 2018

Na pedra

Vi na pedra o rosto dela,
sorrindo vendo sol acordar,
chorando vendo sol ir se deitar.

Cajueiro

Das areias desse chão
sugas as águas do sertão
sede castanha pro amor
sede caju para o calor

Cajueiro...

Tão caldo
Tão sombreiro

Abro a janela,
a noite obscura
os zumbidos das criaturas

Gargalhada

O riso dos vizinhos
O coaxar dos sapos
O sorriso das hienas
Eu que matei uma fada
pensando que era cigarra
me encontro desprotegida.