quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Fluxo

A magia de teu corpo nu,
azul,
em comunhão com céu,
me lembra o gosto do mel.

Enquanto a fogueira queima,
amarela, vermelha,
meus olhos quentes te consomem,
com fome.

Contrário aos efeitos da gravidade,
sinto meu corpo flutuar,
quando calmo, sem ansiedade,
de mim estás a se aproximar.

Nas veias, meus sangue corre em contrafluxo.
Na cabeça, um desejo absoluto.
Mas meu corpo trava,
não falo sequer palavras...

Perfumado, me ofereces um chá.
Sorvo cada gole sem te olhar.
Por um momento ou dois pensei que fosse acontecer,
toda a tensão se dissolver...

Como um animal selvagem agirias.
Para ti, me tomarias.
Lambuzados de mel, no céu,
no calor das chamas...Me chama!

Mas nossa eduação não é tão profana.
-Obrigada pelo chá!
- Adeus, até logo, Ana!
e educados estancamos os fluxos.

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