Coloquei as lembranças ao sol.
Estavam todas mofadas, empoeiradas.
Eram lembranças esquecidas,
que estavam numa gaveta,
há muito tempo guardadas.
O sol então clareou
minhas recordações
sem distinção,
me mostrou tudo
num raio, num clarão.
Rapidamente,
coloquei meus óculos escuros.
É que o brilho das memórias
me ofuscava,
cegava.
Sem pensar duas vezes,
atordoado que estava
guardei de novo as lembranças
na gaveta em que estavam trancadas.
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