A chuva que atormenta a porta,
A lama que soterra a horta.
O ar pesado de peixe morto,
Aorta entupida de desgosto.
O tempo preso neste Rio
Doce que jaz, sangra minério.
Na boca o vermelho, sou rio
e a mastigada dos impérios.
Pancadas à porta, um calafrio...
Rezo pela chuva e espero.
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