Neste palco de papel opaco,
rodopiam bailarinas de cerâmica.
Paciente, espero o fim da dança,
anunciado pelo tilintar dos passos.
Executo meu ofício, recolhendo os cacos.
Lá fora, o homem guarda a chuva,
escurecendo o dia com sua sombrinha.
Aqui, apago as luzes do teatro,
finda a esperança do próximo ato.
Noturnos à luz do dia,
avançamos sem avanço
os pés presos no solo,
o solo preso no cimento.
Fragmentos de bailarinas no pensamento.
Aqui, apago as luzes do teatro,
finda a esperança do próximo ato.
Noturnos à luz do dia,
avançamos sem avanço
os pés presos no solo,
o solo preso no cimento.
Fragmentos de bailarinas no pensamento.
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