terça-feira, 17 de novembro de 2015

Saudade

Do sonho pueril,
Do paraíso infantil,
Do gosto da goiabada,
Da vida tão certa, tão dada.

De brincar no quintal
Do avô tão paternal,
Das tardes de Domingo,
Dos dias findos.

De andar no muro,
De ouvir um sussurro.
De comer jambo,
De falar "te amo".

De desperdiçar o tempo.
De desenhar com o vento.
Das nuvens engomadas,
Da vida soterrada.

Do rio que não verei,
do homem que não serei.
Da princesa que não fui,
Do rio que não flui.

Do fim da guerra,
De começar uma nova era.
Da crença no futuro,
Da luz no fim do túnel.

Do banho sem prazo,
Da vida sem atraso.

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