Onde morreu o Sabiá
Aves que ali gorjeavam,
padeceram de lamentar.
Nosso céu tem menos brilho,
Nossas várzeas zero flores
Nossos peixes já sem vida,
De nossa vida restam dores.
Em cismar sozinho, à noite
só tristeza encontro eu lá;
Minha terra tem Mariana,
Onde morreu o Sabiá.
Minha terra tem horrores,
Criminosos que não encontro cá.
Em cismar, sozinho, à noite
só tristeza encontro eu lá;
Minha terra tem Mariana,
Onde morreu o Sabiá.
Não permita, Deus, que o rio morra,
e que os bandidos se safem pra cá;
Que paguem atrás das grades
pelos crimes ambientais de lá;
Que um dia a vida volte,
e que volte o Sabiá.