A caneta no papel,
o toque dos corpos,
o som dos corvos
o despertar do céu.
O lamento é dos sofridos.
Só enxergo gemidos.
Ensurdecedor é o drama humano,
sempre o mesmo com o passar dos anos.
Me traz amparo a tela do cinema.
-Não, não estou nessa cena.
O espetáculo em que atuo é outro,
nessa poltrona, ocupo meu posto.
Passou! é o momento dos agudos.
Meus olhos estão cansados, apenas escuto
a gravidade dos movimentos,
estamos todos atentos.
Tenho a certeza de que somos animais,
amamos demais.
E, sem mais, vamos vivendo
como quem no papel segue escrevendo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário