sexta-feira, 14 de junho de 2013

Balada do macho burguês

Às vezes em casa,
Fazendo nada,
Pensando nas duzentas amantes
Mal-amadas.

Contabilizo os corações
Rasgados, pisados,
Comidos, devorados.

Me sinto tão querido e amado,
Amargo, malvado, tarado?

Não sei...
Será que isso é amor?
Não sei.
Será que isso é horror?
Não sei.

Só sei que sou adulto, maduro,
Responsável,
Um cidadão civilizado.

Pago contas, impostos,
Tenho meu emprego
Casa, mulher e filhos no colégio
Carro, empregada...
Uma vidinha bem burguesa
Com cerveja,
Pelada junto com a rapaziada..
E supermercado no final de semana.

Tudo me parece tão bacana
Que agora eu vou vê um seriado na tv.

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