sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Verde

às vezes me lambuzo
uso e abuso
de ser assim, verídico...
autêntico sou desagradável?

Não que eu queira.
É que não estão prontos pra meu humor,
levam minhas ironias sempre com rancor.

Piscinas infantis são rasas,
Cerre seus olhos e abra as asas.

Inspiro antipatia neste porto.
Vagueio livre, sem ancoras.
Não finjo abraços e sorrisos,
nem reclamo das lembranças.

Agora sobrevôo esse jardim de gente,
sou um beija-flor...
Mas levo tapas, confundido com mosquito,
me defendo, pico.

Dou um salto e monto no cavalo
e saio por aí, alí, aqui, acolá, lá
Quer vir comigo cavalgar?

Seremos páticos ou anti ou sim ou a, sei lá.
Que importa? Viveremos sem portas,
rindo de nós e de tudo.
Seremos dois verdes se lambuzando no mundo.

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