sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Torturas Natalinas

 Bom dia sol! Bom dia família! Que dia mais iluminado, que vontade de curtir a vida e a companhia de meus entes mais íntimos…
Acordo saltitante, sorridente (como princesa de conto de fadas após o casamento) e digo para minha genitora:
- vamos correr na orla?
Ela responde, igualmente radiante:
- vamos minha filha, você corre e eu caminho, faz bem para o corpo e para a mente.
Saímos, transito, fumaça, um táxi quase nos pega na rua. Eu, louca pra chegar à orla e começar a correr, andava bem devagar acompanhando minha mãe para ela não se sentir só e para trás. Ê lêlê, os sacrifícios estavam só começando.
Corri, mãe ficou para trás caminhando. Ao final, voltamos acabadas e com as pernas doendo.
Missão cuidados com a saúde: cumprida.
Chegando em casa, vontade de tomar um banho e deitar……nada disso! Banho rápido, vestir-se correndo e voar para a cidade, ainda existem compras a fazer. As pernas ainda doem.
Dessa vez minha irmã vai junto, a esperta fugiu da caminhada, supostamente dormindo.
Metrô lotado, cidade tulmutuada, sol quente, abafado, aff! Visão do inferno!
Como se não bastasse, pane nos cartões de crédito (que dominam o mundo junto com os bancos – esses também fora do ar), gente e mais gente nos provadores de roupa, vendedoras querendo empurrar de tudo – até casacão de lã em pleno verão.
Não agüentava mais desejar feliz natal para tanta gente que nunca vi na vida. A vontade era mesmo de gritar um FODAM-SE bem alto e sumir para uma cabana deserta numa montanha gelada…
Missão compras: cumprida
Voltamos ao lar doce lar, ao abrir a porta – estalo! Faltam alguns mantimentos para a ceia! Desgraça pouca é bobagem…
Vou com minha irmã ao supermercado. Nossa mãe fica descansando na rede, afinal, somos jovens e ela já se sacrificou muito por nós (sometimes, i hate nossa cultura cristã ocidental).
Felizes e cantarolando vamos novamente às compras, como se nada tivesse acontecido. Mais filas, gente e felizes natais, voltamos e em fim: “a PAZ invadiu o meu coração…”
Missão compras esquecidas: cumprida
Nem tomo banho, me jogo no sofá e coloco um movie sangrento para assistir, minha mãe ronca…
Fim do filme, fome em alto e bom som na minha barriga, minha irmã dá a sugestão:
- vamos preparar a ceia de natal e comer, também tô morrendo de fome!
Mãe subitamente acorda do sono e responde: – de jeito nenhum, a ceia é de meia-noite!
Eram 18h.

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