segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Areia Azul

Às vezes é preciso se afastar para se ver de perto.

Foi caminhando que cheguei à Areia Azul. Não lembro ao certo qual verão foi, mas era verão. Entre o céu e o mar, tudo era areia e suor. A areia para se embalar de céu, o suor para alimentar o mar.

Perdi às contas de quantos passos são necessários para conhecer Areia Azul inteira. Às vezes um, nenhum, mil, depende. Areia Azul se apresenta diferente para cada visitante. É que as areias estão sempre em movimento.

Areia Azul se localiza exatamente entre o que foi e o que pode vir a ser.  Lá o tempo é salgado. Seja noite, seja dia. Ora é seco, ora é molhado. Só que na areia é demorado e no mar passa apressado.

Em Areia Azul aprendi que o azul pode ser preenchido de várias formas e de várias cores. Pode ter peixe ou pássaro, ser branco ou ser laranja.... As areias me mostraram como não se repetem as ondas.

E as ondas carregaram minhas certezas, se foram na correnteza. 


Eu, nada a fazer, observei. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário