Multiplicam-se como praga,
entranham-se na natureza,
sugando a vida, a riqueza.
Deixam atras de si um rastro,
percurso amargo
de um chorume ácido.
Ácido, como os percentuais dos homicídios
e os imperativos econômicos do capitalismo.
Ácido, como a erosão das entranhas das células,
dos corpos, da terra.
Ácido, como os esgotos-mares
as fumaças-nuvens e os trabalhos-ataúdes.
Parasita do planeta,
predador de todas as espécies,
vírus, metamorfoseado de mamífero.
Por um viés altruístico,
percebo nosso auto-extermínio.
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