Multiplicam-se como praga,
entranham-se na natureza,
sugando a vida, a riqueza.
Deixam atras de si um rastro,
percurso amargo
de um chorume ácido.
Ácido, como os percentuais dos homicídios
e os imperativos econômicos do capitalismo.
Ácido, como a erosão das entranhas das células,
dos corpos, da terra.
Ácido, como os esgotos-mares
as fumaças-nuvens e os trabalhos-ataúdes.
Parasita do planeta,
predador de todas as espécies,
vírus, metamorfoseado de mamífero.
Por um viés altruístico,
percebo nosso auto-extermínio.
quarta-feira, 18 de maio de 2016
terça-feira, 17 de maio de 2016
domingo, 15 de maio de 2016
Divagações noturnas
eu poderia pintar a casa de preto
pintar até o espelho
porque os olhos são traiçoeiros
me enganam.
mas penso se não ver
seria insensatez?
Me levanto,
acendo a luz
e opto pela lucidez.
pintar até o espelho
porque os olhos são traiçoeiros
me enganam.
mas penso se não ver
seria insensatez?
Me levanto,
acendo a luz
e opto pela lucidez.
Notas sobre este poema
Este poema deve ser queimado vivo!
As idéias aqui escritas são os frutos proibidos
de uma mente inútil, livre e de difícil acesso.
O autor apresenta comportamentos de elevada periculosidade:
- Não assiste televisão
- Não passeia no shopping aos domingos
- Não toma dinheiro emprestado
- Não frequenta igrejas e nem é viciado
- Trabalha somente o necessário para justificar o ordenado
- Ah! E caminha sem direção nos dias de folga.
Assinado
Glória
As idéias aqui escritas são os frutos proibidos
de uma mente inútil, livre e de difícil acesso.
O autor apresenta comportamentos de elevada periculosidade:
- Não assiste televisão
- Não passeia no shopping aos domingos
- Não toma dinheiro emprestado
- Não frequenta igrejas e nem é viciado
- Trabalha somente o necessário para justificar o ordenado
- Ah! E caminha sem direção nos dias de folga.
Assinado
Glória
Pardais
Escuto, de minha gaiola,
o canto eufórico dos pardais
que se deliciam bicando a própria carne
arde, arde, arde, arde...
Bebem do próprio sangue
sem perceber que estão crucificados,
Rezam pelo Salvador
e se entorpecem na própria dor.
o canto eufórico dos pardais
que se deliciam bicando a própria carne
arde, arde, arde, arde...
Bebem do próprio sangue
sem perceber que estão crucificados,
Rezam pelo Salvador
e se entorpecem na própria dor.
A Natureza
A natureza,
Palavra tão feminina,
Bela, como um furacão,
Recatada, como um tsunami,
Do lar, como um terremoto,
Procura manter limpa a casa,
Mas, às vezes, esquece alguns cômodos.
Palavra tão feminina,
Bela, como um furacão,
Recatada, como um tsunami,
Do lar, como um terremoto,
Procura manter limpa a casa,
Mas, às vezes, esquece alguns cômodos.
Zoológico
Milhões de jumentos
disputam o que resta de grama
na lama do planalto
Ratos por todos os lados,
na piscina, na sala, no templos,
nos escritórios e departamentos
Hienas riem alto,
antevendo a carnificina
dos combates nas esquinas
Enquanto isso, as raposas
gerenciam o galinheiro:
Ponham mais ovo!
disputam o que resta de grama
na lama do planalto
Ratos por todos os lados,
na piscina, na sala, no templos,
nos escritórios e departamentos
Hienas riem alto,
antevendo a carnificina
dos combates nas esquinas
Enquanto isso, as raposas
gerenciam o galinheiro:
Ponham mais ovo!
Física Quântica
Pode o acelerador de partículas
acelerar o tempo de nossas vidas?
Não quero viver o peso
de poder ser preso
por ter idéias contra-ditas
Duras que me vincam a testa,
que não é de ferro,
senão carne sangrenta
de um corpo censurado
na liberdade da ordem
e do pró-regresso
acelerar o tempo de nossas vidas?
Não quero viver o peso
de poder ser preso
por ter idéias contra-ditas
Duras que me vincam a testa,
que não é de ferro,
senão carne sangrenta
de um corpo censurado
na liberdade da ordem
e do pró-regresso
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