segunda-feira, 13 de maio de 2013

Véu de Maya

Nem o véu de Maya
suportou o peso da chuva.
Foi tanta água...
Ensopada,
desprendi-me da capa
e fiquei nua...
na noite,
no frio,
na chuva.
À boca,
o gosto amargo
das verdades,
que, umedecidas,
fugiam de meus olhos.
Engoli
e novamente senti
o inquebrantável fio da esperança
a me envolver
me aquecer, me secar
e em minha pele tecer
uma nova cobertura.

Nenhum comentário:

Postar um comentário