terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Sigo sorrindo

Preciso de uma dose de tédio,
talvez de um grama de choro,
para espantar as drogas mundanas,
que enrolam meu consolo.

Preciso de uma noite sem fim,
da qual só restem os jasmins,
flertando loucos,
no nascer do sol que aquece a mim.

E que toda melancólia
e maus momentos,
de sóbrios do sol,
se tornem fragmentos.

E se desmanchem no ar...
Como é bom respirar
toda ausencia,
toda tua não mais presença.

Estou de volta a mim,
fato que estou sem ti.
mas aprendi... a ser só,
ser alguém, sem nós.

E de encontro em encontro vou vinvendo.
Cada dia, cada vez mais podendo
gerundiar e fazer loucouras
cada vez mais absolutas.

E sem lutas
me entrego ao destino...
por inteira,
sem hinos, nem desatinos...

Tento,
e cada vez mais, sigo sorrindo.

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